terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Filosofia não é profissão

Por que as pessoas acham que filosofia é uma profissão? O que faria um filósofo? E onde? Quem o contrataria?
Filosofia não é uma técnica que se passa. É uma espécie de sentido, de instinto. Alguém tem ou não tem. Se tem, aprimora.
A filosofia não é uma frase feita. É a feitura da frase. É a capacidade de formar uma frase com a lógica do discernimento. É a razão desta frase. Quem a ouve, quem a traduz, quem a transmite e interpreta não é um filósofo. Seria como se alguém vendesse ou morasse em uma casa. Esses não seriam engenheiros. Ela é uma obra de engenharia e não a própria. A engenharia é a capacidade do engenheiro.
Uma vez me perguntaram: "um filósofo não seria melhor se cursasse uma faculdade"? Eu respondi: "guardadas as devidas proporções, se estivessem frente a frente um professor de filosofia e um 'Sócrates', quem ensinaria para quem"?
Guardem isso. Em todas as discussões ou debates a filosofia real é contraditada por quase todos, mas no final todos vem a concordar com ela por que jamais poderão fugir da lógica racional.
Olhem que estranho paradoxo. Todo mundo fala em mudança para melhor. Todo mundo quer a verdade, mas quando se trata de mudar realmente. De buscar a verdade a qualquer preço, o preço se torna grande demais e se opta pelos costumes antigos ou pelas "verdades" prontas ou acomodadas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Programa Interferência

Em quase todas as sextas, no programa INTERFERÊNCIA no canal POATV (6 da net), me deparo com as contradições de algumas pessoas que não admitem aceitar algo diferente do que estão acostumados. Que fuja dos seus padrões de raciocínio.
Alguns decidem que eu contrario tudo, que fujo à estes padrões. Isto é verdade. Porque eu deveria aceitar algo que pode ser somente a idéia de alguém? Idéia por idéia, eu fico com as minhas. Se for algo real, que eu não conheça, ficarei feliz em aprender.
Quando alguém fala uma 'verdade' que leu em algum lugar, eu só questiono se será mesmo verdade, pois não será somente porque alguém escreveu.
Outro dia alguém disse que o futebol nasceu em um determinado povo e eu, para testarm disse que havia lido que era em outro povo, ou em outra época. Este alguém decidiu que era verdade a sua leitura e não a minha. Nenhuma tem prova alguma, mas o orgulho decide quem está com a
verdade?
Quando as abelhas atacaram pessoas na redenção, eu ouvi um biólogo na TV dizendo que era pela época do acasalamento. Um colega de programa contestou dizendo que um biólogo da Redenção havia dito que era por causa de outra coisa. Ele insistiu que o biólogo "dele" sabia mais do que o meu. Se eu não entendo disto nem ele, porque decidiu que o seu biólogo era o que falava a verdade?
Outro dia conversei com alguns políticos. Não contesto suas convicções. Não contesto sua capacidade. Só quero razões objetivas para suas ações. Quando planeja-se e executa-se uma obra, há que se saber se realmente é para o benefício de muitos ou é somente a idéia de quem faz.
Será que somente por por conta de uma eleição a pessoa fica mais sábia a ponto de saber o que é bom para os outros sem perguntar a quem deva receber?
Há uma antiga fábula que conta de um rei que queria saber de um sábio como teria que tratar seus súdidos com justiça. O "sábio" explicou que seria como colocar água muito quente em um vaso delicado. Ele quebraria. Água gelada faria o mesmo. Seiria, então correto amornar a água. Com relação ao governo seria a mesma coisa. Nem com absoluta severidade para não machucar os bons, nem com absoluta benevolência para não beneficiar os maus. Parece algo justo?
Imaginam um bom pagando um pouquinho pelo que não fez e um mau pagando um pouquinho pelo que fez.
O justo será não generalizar. O correto será analizar cada caso individualmente para saber quem merece ou o que. Isto é justo.
As pessoas em geral adoram seguir idéias bonitas sem procurar saber se são justas ou reais. Para estas pessoas não importam as verdades. Mas sim quem as escreveu.